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O crescimento do chá no mundo

Produção mundial de chá preto deve aumentar 2,2% por ano, alcançando 4,4 milhões de toneladas em 2027; relatório da FAO destaca que produção de chá verde deve dobrar na China na próxima década; mudança climática é ameaça.


A produção e o consumo de chás vão continuar aumentando pela próxima década, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO. Um estudo preparado pela agência destaca que com isso, haverá novas oportunidades de renda em áreas rurais e melhoria na segurança alimentar em países produtores.

O consumo de chá tem aumentado com rapidez na China, na Índia, e em outros países emergentes, graças à maior renda das famílias e à diversificação na produção, que agora inclui chás de ervas, infusões de frutas e chás gourmet aromáticos.

Benefícios

O relatório da FAO sugere que o aumento no consumo também está ligado a maior conscientização das pessoas sobre os benefícios anti-inflamatórios e antioxidantes dos chás, além do efeito da perda de peso em alguns casos.

A produção mundial de chá preto deverá aumentar 2,2% por ano durante a próxima década, chegando a 4,4 milhões de toneladas em 2027. As produções devem subir principalmente na China, no Sri Lanka e no Quênia, que é o maior exportador de chá preto do mundo.

Já a produção de chá verde aumentará mais ainda: 7,5% por ano, alcançando 3,6 milhões de toneladas em 2027. Na China, a produção deverá mais que dobrar no período, atingindo 3,3 milhões de toneladas.

Jovens

A demanda global também está sendo beneficiada por uma nova clientela: os consumidores jovens de áreas urbanas, especialmente de países produtores como Índia e China.

São pessoas dispostas a pagar mais por chás especiais e curiosas para aprender sobre a qualidade, a origem da matéria-prima e a contribuição para o desenvolvimento sustentável.

Por outro lado, países europeus com tradição na importação estão vendo uma queda no consumo, com exceção da Alemanha. A FAO destaca que o mercado europeu de chás está altamente saturado, enfrentando competição com outras bebidas, principalmente água de garrafa.

No Reino Unido, por exemplo, o consumo de chá deverá diminuir, porque está difícil manter o interesse das pessoas no chá preto, devido à competição com outras bebidas, incluindo o café.

Mudança climática

A FAO acredita que essa tendência pode ser revertida se a Europa apostar na promoção de chás especiais ou orgânicos e mostrar para o consumidor os benefícios para a saúde.

O relatório da FAO também alerta: as plantações de chás são altamente sensíveis a alterações nas condições de crescimento e alguns países produtores vão sofrer os impactos da mudança climática, como cheias e secas.

Ao mesmo tempo, o estudo destaca ser necessário reduzir as emissões de carbono geradas com a produção e processamento dos chás.


Fonte: https://news.un.org/pt/story/2018/05/1625141


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